Descrição
NOIR BURLESCO vol. 2
Arte e argumento de Enrico MARINI
Para Slick as coisas não melhoram. Num mundo ideal, teria fugido com a mulher da sua vida, a bela mas imprevisível Caprice… mas ela está presa ao temível Rex por um segredo que a poderia arruinar. E desta vez, Slick terá de se haver com a máfia italiana. Sob ameaça de Rex, terá de roubar uma obra de arte, um quadro que retrata a mãe de Don Zizzi, o chefe da máfia, e que foi pintado pelo próprio Picasso! E para um mafioso que se preze, só uma mulher conta, a própria mãe. E roubarem aquilo que lhe é mais estimável não é uma boa ideia, acabando por conduzir os acontecimentos a uma espiral de violência por entre mulheres fatais, assassinos desequilibrados, tiroteios sangrentos e ajustes de contas. Com muito chumbo!
Final de uma homenagem excepcional de Marini aos filmes noir americanos dos anos 1950, com a acção a desenrolar-se a um ritmo estonteante e sempre em crescendo até a um desenlace final que não deixa indiferente o leitor, este segundo volume representa o fechar do primeiro romance gráfico propriamente dito do autor. Marini consegue reunir todos os estereótipos do género, criminosos, mulheres fatais, belas viaturas, através de um grafismo que cativa pela beleza do traço, a riqueza das cores e a sublime reconstituição de época. Uma obra-prima!
Nascido em Basileia, na Suíça (1969), mas de nacionalidade italiana, Enrico Marini é um dos grandes nomes da banda desenhada mundial. Desde a infância que o desenho o apaixona, sobretudo a banda desenhada, o que o levará a frequentar a Escola de Belas-Artes de Basileia durante quatro anos. Com um traço influenciado pelos comics americanos, o fumetti italiano ou o mangá japonês, e por autores como Hermann, Jordi Bernet, Jean Giraud, Alex Toth ou Katsuhiro Otomo, o seu trabalho chama a atenção de Cuno Affolter, director do Centro de BD de Lausanne, por ocasião de um concurso de novos talentos no Festival de Banda Desenhada de Sierre em 1987, que o vai apresentar ao editor Alpen Publishers. Começa assim o percurso deste desenhador sobredotado que, em breve, passará pela Humanoides Associés, até se firmar na Dargaud. A partir do início dos anos 90, ilustrará inúmeros títulos que lhe granjearão fama como uma das super-estrelas da BD europeia, desde Gipsy ou A Estrela do Deserto, até aos mega sucessos que serão O Escorpião ou As Águias de Roma. Esta última série é a primeira obra em que Marini se afirma como autor completo, depois de ter trabalhado com argumentistas como Exem, Thierry Smolderen, Jean Dufaux e Stephen Desberg. Na sequência dessa série, acabará também por assinar sozinho o díptico de Batman: O Príncipe Encantado das Trevas, e agora este Noir Burlesco, o seu primeiro verdadeiro “romance gráfico”, aqui concluído em dois volumes.